SOB A MAIS LIVRE DAS CONSTITUIÇÕES UM POVO IGNORANTE É SEMPRE ESCRAVO Condorcet (1743/1794)
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quinta-feira, 29 de junho de 2023
A disparidade entre o sentimento da sociedade e o dos políticos
quarta-feira, 28 de junho de 2023
Acordem!
Precisamos de rever o que se ensina, porque se ensina, o que se ensina, como se ensina e com que instrumentos ensinamos. (...) Esta revisão tem de começar ao nível do 1º ciclo do ensino básico (...). Encontramo-nos perante uma catástrofe nacional (...) não nos iludamos, não basta fixar docentes, é fundamental que formemos novos professores, não somente em número mas também em qualidade" - Sofia Roque Ribeiro, secretária Regional da Educação dos Açores.
Desta vez foi a secretária regional da Educação dos Açores que veio sublinhar, de forma clara, que "precisamos de rever o que se ensina, porque se ensina, o que se ensina, como se ensina e com que instrumentos ensinamos". Trata-se de mais uma campainha de alarme que, estou certo, tocará e tocará mas que ninguém reagirá abrindo a porta ao futuro!
Não disse nada que já não se soubesse, tantos são aqueles que assumem que este "rei vai nu", leia-se sistema. Mas teve o mérito, entre pares políticos de dizer o que, por aqui, não sabem ou não querem assumir. E isso foi importante, até pelo simples facto da mensagem ter vindo dos Açores, normalmente secundarizados.
E esta é uma questão central que se conjuga com as posições da secretária do governo açoriano. Esta posição do Professor Domingos Fernandes significa que o sistema educativo tem de passar por uma grande mesa de diálogo, onde todos possam reflectir e definir um caminho de permanente inquietação conducente ao sucesso. Fechar-se no corredor do poder, fingir que ouve ao jeito de quem tem "ouvidos de mercador", mantendo o seu rumo no pressuposto que se trata de uma "aposta" inequivocamente correcta, corresponde à manutenção do erro e do desastre. Acordem!
Ilustração: Google Imagens.
segunda-feira, 26 de junho de 2023
sábado, 24 de junho de 2023
Acabaram por "matar" a Escola do Curral das Freiras
Permanece actual a resposta de Zygmunt Bauman (1925/2017), Sociólogo e Filósofo, quando lhe perguntaram sobre as consequências do encerramento de escolas do interior, respondeu: "(...) o fechamento das escolas localizadas nas comunidades rurais provoca o "fechamento" da comunidade. Isto porque, as escolas nessas localidades funcionam como coração que traz vida à comunidade. Nesse sentido, quando há o fechamento das escolas, as comunidades enfraquecem-se".
As comunidades ficam debilitadas, eu diria amputadas porque o encerramento tem custos sociais, económicos, financeiros, acentuam a desigualdade, o desenraizamento das crianças e jovens e provocam uma maior pressão sobre os estabelecimentos de aprendizagem para onde os alunos são deslocados.
Quando bloqueiam uma escola pode significar que os políticos de turno estão a transmitir à população um sinal que aquele local não tem futuro.
sexta-feira, 23 de junho de 2023
Entendam: "Mais escola não significa melhor escola"
Não tenho presente quem afirmou, sei, apenas, que há muitos anos é dito: "Mais escola não significa melhor escola". Recentemente li uma entrevista com o Psicólogo e Psicanalista Eduardo Sá, no decorrer da qual foi incisivo: "(...) Escola demais faz mal às crianças. A escola é fantástica e indispensável, claro, mas há uma tendência incompreensível para que, também em Portugal, as crianças passem tempo demais na escola. Mais escola (ou, se preferir, mais tempo de escola) não significa melhor escola. Se quisermos ser didáticos para os pais, devemos dizer que a família é mais importante que a escola e que brincar é tão essencial como aprender. E mais: devemos dizer que a hierarquia das prioridades para as crianças deveria ser em primeiro lugar a família, em segundo a "escola da vida", em terceiro o brincar e, finalmente, a escola propriamente dita. Ao imaginarmos a vida diária duma criança, não devíamos nunca deixar de levar em consideração que estes compromissos com o crescimento precisam de tempo para que, em conjunto, ajudem as crianças a namorar com a vida e, ao mesmo tempo, para que elas aprendam a crescer e aprendam a pensar (...)"
Mas os políticos, atrevo-me a dizer, coitados, dificilmente entendem isto. Li, na edição de ontem do Dnotícias, que os estabelecimentos de aprendizagem da Madeira iniciam o próximo ano a 7/8 de Setembro e os 2º, 3º e secundário na semana seguinte.
Ah, sei, isto tem uma resposta: paulatinamente, a escola transformou-se numa espécie de armazém, por três razões: porque constitui uma solução para a desorganização social e económica, onde subsiste também a errónea ideia que "mais trabalho significa melhor trabalho"; segundo, porque, em devido tempo, não foram acauteladas as repercussões resultantes da natural e necessária entrada da mulher no mundo laboral, que implicava ter um outro e mais assertivo olhar para a família; terceiro, porque para quem, politicamente, assim define, a sociedade tem de acompanhar a cultura "da pressa e do nanosegundo" (Peter Drucker), logo, transmitir desde muito jovem essa cultura, a competição desigual, a meritocracia e a falsa necessidade de antecipar aquilo que designam por conhecimento. Só se esqueceram que o ser humano é o animal que mais tempo tem de infância. Por que será?
segunda-feira, 19 de junho de 2023
Uma vez mais... os famigerados "ranking's" (2022)
Assumiu o secretário regional da Educação da Madeira: "(...) nós não valorizamos muito os ranking's". Pois, assumo, também eu, com uma diferença, é que o político ainda valoriza alguma coisa (não muito) enquanto eu não valorizo rigorosamente nada. Diabolizo-os porque comparam realidades económicas, sociais e culturais completamente distintas. Por outro lado, diz o ministro: eles são "uma operação comercial (...) porque ignoram o contexto sócio-económico". Aí está, é verdade. Porém, comercial ou não, os exames e os dados saem do ministério, o que me parece uma crónica hipocrisia. Por mim, tal como li, sobre os ranking's do programa PISA, numa análise de Pablo Gentili, uns e outros são "um concurso de beleza da pedagogia". E em "concursos de beleza", na escola, não estou interessado.
Mas a pergunta que agora faço presumo que tenha o seu cabimento político: teria o secretário da Educação o mesmo posicionamento, se os lugares que os estabelecimentos de aprendizagem da Madeira apresentaram se situassem no topo nacional da aprendizagem básica? Talvez não! Não valoriza porque não lhe interessa, não por razões de pensamento estrutural. Que não o tem, é a minha modesta opinião. Até conseguiu aniquilar uma escola que, mantendo-se na fronteira das suas débeis regras, atingiu o pódio nacional. Refiro-me à escola do Curral das Freiras e transcrevo o que a edição do Jornal Público de então enalteceu:
sábado, 17 de junho de 2023
Tecnologia na escola
Segui um uma peça integrada no Jornal Nacional da TVI. No essencial: "A Suécia está a tirar os computadores das escolas". A diversa tecnologia que tem sido considerada o novo lápis, papel e livro dos estudantes, numa leitura superficial, sofre agora um revés, porque, disse a ministra da Educação, "(...) estamos em risco de criar uma geração de analfabetos funcionais na Suécia". "Um em cada cinco professores garante que os alunos nunca ou quase nunca escrevem à mão", escutei na referida peça.
Ora bem, esta posição, deduzi na compaginação com outras leituras, parecendo drástica não o é. Destina-se a recentrar o equilíbrio que deve existir entre a tecnologia e a aprendizagem. Não se trata de um regresso ao passado, a um "apagão digital na escola", mas tão somente corrigir pressupostos assumidos como única e irreversível via.
Ao seguir a peça lembrei-me do que deixei escrito no meu livro "A Escola é uma seca", onde transcrevi a posição de Tony Bates (Microsoft): "o bom ensino supera uma escolha tecnológica pobre, mas a tecnologia nunca salvará o mau ensino". Por isso, não me foi estranho que uma das figuras que abordou este tema tivesse sublinhado: "Alguns dos maiores gurus da tecnologia estão a mandar os próprios filhos para escolas sem computadores".
Portanto, a tecnologia tem de ser mais um meio, importantíssimo, ao dispor da aprendizagem. O que tem de mudar, e há políticos que não conseguem ver e aceitar isto, é tudo quanto de forma estática e ultrapassada se anda a propor às crianças e jovens: os currículos e os programas desfasados da vida real, a questão pedagógica, a posição que os professores devem assumir perante o novo mundo (de facto admirável), a obsessão por uma avaliação de sentido único, a morte do sonho e a falta de respeito pelo talento que cada um transporta, a infernal burocracia que invade os estabelecimentos de aprendizagem, as noções de aula e de turma, no fundo, o que tem de mudar é um sistema que não se centra numa aprendizagem com significado.
Isto conduz-me a assumir, uma vez mais, que não é com os "manuais digitais" ou com "salas de aula do futuro", falando de robótica ou de qualquer coisa parecida que, a prazo, a Região disporá de uma maioria de alunos felizes (professores, também) e com uma acrescentada capacidade de resposta aos novos problemas. Transportar o manual segmentado e estático para dentro de um digital, mantendo a mesma mentalidade que tem caracterizado a aprendizagem, equivale à obtenção, no futuro, dos mesmos resultados senão piores dos que hoje são públicos e notórios.
Ou por ignorância ou por ausência de responsabilidade política, a verdade é que continuam a insistir na tecla errada. Melhor dizendo, continuam a dar uma "resposta certa para um problema errado". Aliás, qualquer pessoa compreenderá que quem vende a tecnologia dos "manuais digitais", posteriormente, venha assumir, em conferência, que este é um mau produto ou mesmo desaconselhável. O produtor de conteúdos deseja vender e, por isso, faz a propaganda que mais lhe interessa. Parece-me óbvio. E é isso que está a acontecer. Paleio em que uns vendem e outros aceitam a compra como mezinha para todos os males. Aliás, explicou o Doutor Santana Castilho, em declarações à RTP-Madeira, que "(...) Estudos feitos por centros de investigação e cientistas da neurociência concluíram que o desenvolvimento cognitivo dos jovens que tiveram um grande mergulho nas tecnologias digitais aos 11 anos está similar àquele que há 30 anos as crianças tinham com 8/9 anos de idade".
Ora bem, a desconfiança está lançada. E porque os sinais deixam uma acentuada perplexidade, bom seria que o governo da Madeira (e o do país) assumisse a necessidade de provocar uma grande mesa de diálogo (debate) com cientistas, professores universitários e todos os outros, investigadores, autores, psicólogos, sociólogos, enfim, com todos os que pudessem oferecer um sustentado pensamento sobre este tema. Fechar-se, como tem sido apanágio, em uma pressuposta verdade, equivalerá seguir um caminho com consequências desastrosas no futuro.
Proponho mas, confesso, que são limitadas as minhas esperanças. Nem de propósito, esta manhã, recebi um cartoon interessante onde uma professora pergunta a um aluno: "qual é o tempo verbal na frase... "eu procuro um político que trabalhe para o povo". Resposta do aluno: "tempo perdido".
Ilustração: Google Imagens.
quinta-feira, 15 de junho de 2023
Provas de aferição. Para quê?
Podia enunciar vários quadros que me conduzem à não aceitação das designadas "provas de aferição". Fico, apenas, por duas que se me afiguram adequadas ao meu pensamento.
Mas admitamos que o sistema português, extremamente centralizador, seja a que nível for, não nutre confiança no trabalho desenvolvido nos estabelecimentos de aprendizagem. Admitamos isso que, aliás, é o que me parece existir. Neste caso, em segundo lugar, bastaria que, aleatoriamente, definissem um quadro de alunos que se sujeitassem à tal avaliação externa. E que podia não assentar numa verificação anual. Se a amostra revestir-se de natureza científica, adequada à população, estatisticamente, os resultados, com um alto grau de segurança, podiam(em) ser extrapolados para toda a população.
Maioria dos alunos no ensino profissional continua a vir de meios mais desfavorecidos
No secundário, 45% dos alunos estão no profissional. Portugal está no 19.º lugar da tabela da UE com mais alunos neste ensino Público.
sexta-feira, 9 de junho de 2023
Ou mudam ou serão mudados!
Por
“Se o mundo mudou, o ensino tem de mudar”: Tim Vieira queria uma escola sem turmas, salas de aula e horários. Conseguiu abrir mais de 40.
Brave Generation Academy é o nome do projeto fundado há três anos pelo empresário sul-africano para alunos entre os 11 e os 19 e que vai agora ser estendido à qualificação de adultos
Tendo o currículo britânico por base, o primeiro hub da Brave Generation Academy (BGA) foi aberto no concelho de Cascais. Hoje são mais de 40, espalhados pelo país e frequentados por 700 alunos entre os 11 e os 19 anos. Não são escolas, mas espaços abertos, sem salas de aula numeradas, sem horários fixos, sem calendários e sem professores à espera que a turma se sente à sua frente.
“Todos os alunos têm de vir ao hub todos os dias, por cinco horas, entre as 8h00 e as 18h00. Mas eles escolhem a que horas querem vir. É importante terem esse sentido de responsabilidade desde cedo. Podem preferir ir fazer surf de manhã e só vir à tarde. Além disso, a escola está aberta praticamente o ano inteiro. Só para duas semanas em dezembro, pelo natal, e uma em abril, pela Páscoa”.
terça-feira, 6 de junho de 2023
TRÊS DIAS, TODOS OS MESES, TODA A VIDA COM A CRIANÇA...

domingo, 4 de junho de 2023
JOANA VASCONCELOS
sexta-feira, 2 de junho de 2023
Quadros de honra “para inglês ver”
