Não desistirei enquanto a justiça não for reposta. Quem me acompanha nestes textos que por aqui vou publicando, conhece a história do Professor de Geografia Joaquim José Sousa, que liderou a Escola do Curral das Freiras. Ora bem, sabem que foi punido pelo secretário da Educação da Madeira com seis meses sem salário, através de um processo rocambolesco, que envergonha qualquer pessoa com um mínimo de decência.
Mas dentro ou fora do prazo, de acordo com a lei, o que está aqui em causa, pelo menos para mim, é a matéria de facto. Quem se escuda nos prazos é porque perdeu ou alguma coisa rói na consciência. Se assim não fosse agarrar-se-ia, exclusivamente, à matéria que levou o professor a uma pena de seis meses sem salário. O prazo, portanto, tem sido e é, pelo menos neste caso, um subterfúgio, uma maneira de se defender quando o cenário é, claramente de maldade no quadro de uma incrível perseguição.
O que a secretaria deveria esclarecer, e não esclarece, é o desaparecimento das actas das reuniões da escola que provariam, certamente, as decisões e o trabalho não apenas do professor em causa, mas da equipa de professores da escola do Curral. Desconfio que elas não terão sido queimadas, que elas existem, foram lidas, porém, para o caso não interessava dar à defesa meios para se defender.
Uma vez mais, porque "filmes" destes são próprios de pessoas sem um mínimo de humildade e de escrúpulos, apesar de ser um direito voltar a recorrer para gerar mais um impasse e um natural arrastamento do processo, parem com este ping-pong que envergonha, peçam desculpa e paguem os seis meses de salário retirados a um professor cujo "crime" foi o de tornar a escola melhor e com resultados. A continuar assim, isto ainda chega ao Tribunal Europeu e, estou convencido, por perdas e danos na carreira e na imagem pública, sairá muito mais caro à secretaria da Educação.
Ilustração: Google Imagens.
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