Ontem segui uma entrevista à actriz Lídia Franco, no decorrer do programa "Depois, vai-se a ver e nada". Teve momentos muito interessantes, um deles quando a actriz falou do filho, um dos melhores cientistas na luta contra a malária. Assumiu que, relativamente aos filhos, temos de "deixá-los voar" (...) "deixei-o ir para Bruxelas porque cá não tinha média para entrar na Universidade que desejava", apesar de ter tido vinte em Biologia. Ora, disse, entendam que "não é a média que interessa (...) é a paixão pelo que se faz, a vocação (...)" que conta.
Ela disse e com toda a razão que o seu filho é um entre milhares. E ao escutá-la lembrei-me, pela enésima a investigadora Deborah Stipek:
A"Educação não é uma corrida" (...) "O sistema actual baseado no desempenho em testes, pode prejudicar muito a formação de grandes pensadores. Esta forma de ensino promove um verdadeiro extermínio de grandes mentes. A maneira como a educação é organizada na actualidade faz com que potenciais vencedores do Prémio Nobel sejam perdidos mesmo antes da educação básica, já que o modelo de ensino massacra qualquer outro interesse que não seja o cobrado nos exames. É importante desenvolver talentos. Isso sim tem um papel importante no futuro de alguém". "(...) A maioria dos grandes pensadores que deixaram um legado para a humanidade seguiram caminhos muito diferentes do convencionalmente estabelecido".
Continuamos a não querer aprender, ao imporem um sistema desmotivador, desadequado e, manifestamente, limitador dos talentos e vocações. Que insana teimosia!
Ilustração: Google Imagens.
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