Lembram-se das histórias da Escola do Curral das Freiras? Aquela que perdeu a sua autonomia administrativa e pedagógica tendo sido anexada à Escola de S. António no Funchal? Lembram-se da perseguição feita ao Professor Joaquim José de Sousa que culminou com um castigo de seis meses sem salário aplicado pelo secretário da Educação? Lembram-se que quem fez o processo disciplinar foi uma professora recrutada para o efeito, fora dos quadros da Inspecção? Certamente que também se lembram que as actas dos órgãos da Escola "desapareceram", impedindo a defesa do Professor. É desse caso que volto aqui a escrever. Vou ser breve, quase telegráfico.
Da aplicação desse castigo, o Professor Joaquim Sousa recorreu tendo vindo a ganhar em todos os patamares da Justiça. A secretaria da Educação foi então obrigada a anular a suspensão, limpar o registo biográfico e a devolver, integralmente os salários.
Nesse processo, a vice-presidente da Direcção da escola, a páginas tantas, não sei se por medo ou por qualquer outra razão, "saltou" para o lado da secretaria regional, ajudando assim à "festa da acusação", tendo sido a única testemunha que acusou o Professor Joaquim Sousa, entre 26 pessoas que foram ouvidas.
O Professor Joaquim Sousa pediu, então, uma investigação às declarações da professora em causa. O processo foi aberto e já teve uma conclusão e uma decisão:
Conclusão: a professora mentiu nas suas declarações e assumiu que o tinha feito, o que, juridicamente, tem contornos graves;
Decisão da secretaria: arquive-se. Só que a decisão, desta feita, não foi assinada pelo secretário, mas por uma outra figura.
Não sei como caracterizar esta situação.
Ilustração: Google Imagens.
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