A organização da Feira do Livro convidou-me, aceitei e ontem tive mais uma oportunidade para falar sobre Educação. Estou grato à Drª Sandra Nóbrega, líder da equipa responsável por esta edição.
O tema deveria ser motivo de um alargado debate entre professores, alunos, pais e políticos. Sinto, infelizmente, que o sistema continua a ser passado pelo rolo compressor da uniformidade. A minha convicção é que vamos pagar muito cara esta apatia, desde logo no plano da economia e da felicidade das pessoas. A centralização dos processos, a aflitiva burocracia que invadiu as escolas, a rotina, os currículos, os programas e o formato pedagógico estão a matar talentos e sonhos. É o que dizem tantos estudos, reportagens, filmes e desabafos. A escola manifesta-se incapaz de olhar o mundo e de respeitar as crianças e os jovens.
Mas, ontem, senti-me acompanhado e, permitam-me, com uma sensação que vale a pena "meter o pauzinho nesta engrenagem". Fiquei feliz, após uma minha mensagem de agradecimento, a Drª Andreia Batista, que no evento representou o Departamento de Cultura da Câmara, ter escrito: "Tudo o que partilhei vem do fundo do meu coração, porque acredito mesmo que está na altura de parar e olhar para a educação e para a cultura de outra forma: com os olhos do coração e a mente de um ser humano!" Esta frase diz tudo.
Convidei para apresentar o livro o Doutor em Ciência Política Francisco Gomes. Uma só palavra: emocionante. Pelo pensamento profundo que transmitiu e pelas preocupações enunciadas. Excelente. Um dia destes publicarei aqui o seu texto. Vale a pena lê-lo, creiam.
Obrigado a todos.
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