quarta-feira, 7 de junho de 2017

EDUCAÇÃO DESPORTIVA, PRECISA-SE!


"O jogo da meia-final da Taça da Madeira de juniores, entre Nacional e Marítimo, que foi disputada na noite de terça-feira terminou com graves confrontos entre jogadores de ambas as equipas. Uma vez que nenhum dos conjuntos conseguiu alcançar os objectivos da época – Nacional desceu aos regionais e o Marítimo falhou a subida aos nacionais -, as duas equipas encararam o encontro da Taça como uma ‘tábua de salvação’ da época, que terminou com vitória do Nacional por 2-1, que foi seguido de cenas pouco dignas protagonizadas por jovens dos dois lados da ‘barricada’, num dos episódios mais negros da história recente do futebol jovem madeirense. O jogo foi, segundo apurámos, bem disputado, muito renhido e decorreu com lealdade até bem perto do final quando se deu início a cenas de pugilato entre jogadores que só a muito custo foram travadas pelas equipas técnicas e elementos da PSP presentes (...)" - DN-Madeira.


Educação Desportiva, precisa-se! Desde a mais tenra idade. Da escola ao clube, da baixa à alta competição. Lutar pela vitória e vencer deveria ser interpretado com generosidade, da mesma forma que a derrota deveria ser assumida com bom humor. Aprendi isto em idade muito jovem, porque souberam transmitir esse valor que o desporto encerra. O problema é que a formação está a falhar. E quando falha a formação é a cultura desportiva que se esvai. São inúmeros os factores que aqui não vou,  hoje,  dissecar. Apenas deixo aos formadores da juventude a Ode ao Desporto de Pierre Frédy, mais conhecido pelo seu título nobiliárquico de Barão de Coubertin (1863/1937). Leiam-na aos jovens e expliquem palavra a palavra.

I Ó Desporto, prazer dos Deuses! Essência da vida (...)
II Ó Desporto, tu és a beleza! És o arquitecto deste edifício que é o corpo, que pode tornar-se abjecto ou sublime, se degrada na vileza das paixões, ou saudavelmente se cultiva no esforço. (...)
III Ó Desporto, tu és a Justiça! A equidade perfeita, em vão perseguida pelos Homens nas instituições sociais, estabelece-se, por si própria, à tua volta. (...)
IV Ó Desporto, tu és a audácia! Todo o sentido do esforço muscular se resume numa única palavra: ousar. (...)
V Ó Desporto, tu és a Honra! Os títulos que tu conferes não têm qualquer valor se adquiridos por meios diferentes da lealdade absoluta. (...)
VI Ó Desporto, tu és a alegria! Ao teu chamamento o corpo alegra-se, os olhos sorriem e o sangue circula. (...)
VII Ó Desporto, tu és a fecundidade! Por vias indirectas e nobres, encaminhas ao aperfeiçoamento. (...)
VIII Ó Desporto, tu és o progresso! Para bem te servir é necessário que o Homem se aperfeiçoe no corpo e na alma. (...)
IX Ó Desporto, tu és a paz! Estabeleces relações felizes entre os Povos, aproximando-os no culto da força dominada. (...)"
Ilustração: DN-Madeira/CDN Formação.

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