Hoje seria o dia ideal para um debate na Assembleia Legislativa da Madeira sobre a CRIANÇA. Discutiram-se temas requentados e um debate de oportunidade nem pelas intenções ficou. Os estabelecimentos de educação cumpriram o ritual, levando-as para a rua, melhor dizendo, deram-lhes folga. Aqui e ali falou-se de direitos, com laivos de hipocrisia, porque o essencial, uma vez mais, não foi discutido. E o essencial é, paulatinamente, repensar e mexer em toda a organização social e no que se esconde a montante no que concerne à estrutura familiar (direitos e deveres), para que a criança beneficie de um saudável crescimento. Sem distinções de famílias onde foram geradas. Enquanto faltar a coragem para pensar como resolver a desorganização social na busca de novos equilíbrios; enquanto alguns políticos viverem o momento que mais jeito dá aos seus interesses; enquanto muitos pensarem que a este quadro de referências não existem alternativas, é óbvio que se continuará a falar do dia da criança no plano das margens e não dos muros que a comprimem. Sejamos claros: a criança não tem sido a prioridade. Se fosse, como vulgarmente se diz, outro galo cantaria. Desde os estabelecimentos de educação, onde entra aos primeiros meses de vida, porque os pais têm de trabalhar horas a fio sem uma recompensa salarial digna, até ao cumprimento do pré-escolar onde são submetidas, desde logo, a um quadro programático, de onde saltam para a escolarização a "tempo inteiro" que as "condena" a 40/50 horas semanais de actividades (internas e externas), isto quando os adultos reclamam 36/40 de trabalho, fica claro que o sistema político prefere manter o existente do que dar passos na perspectiva de uma sociedade defensora da construção do seu próprio futuro. Disse a Professora Rachel Niskier: "se você não cuida da infância e da adolescência, que tipo de cidadão você terá?
SOB A MAIS LIVRE DAS CONSTITUIÇÕES UM POVO IGNORANTE É SEMPRE ESCRAVO Condorcet (1743/1794)
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quinta-feira, 1 de junho de 2017
A CRIANÇA NÃO TEM SIDO A PRIORIDADE. SE FOSSE...
Hoje seria o dia ideal para um debate na Assembleia Legislativa da Madeira sobre a CRIANÇA. Discutiram-se temas requentados e um debate de oportunidade nem pelas intenções ficou. Os estabelecimentos de educação cumpriram o ritual, levando-as para a rua, melhor dizendo, deram-lhes folga. Aqui e ali falou-se de direitos, com laivos de hipocrisia, porque o essencial, uma vez mais, não foi discutido. E o essencial é, paulatinamente, repensar e mexer em toda a organização social e no que se esconde a montante no que concerne à estrutura familiar (direitos e deveres), para que a criança beneficie de um saudável crescimento. Sem distinções de famílias onde foram geradas. Enquanto faltar a coragem para pensar como resolver a desorganização social na busca de novos equilíbrios; enquanto alguns políticos viverem o momento que mais jeito dá aos seus interesses; enquanto muitos pensarem que a este quadro de referências não existem alternativas, é óbvio que se continuará a falar do dia da criança no plano das margens e não dos muros que a comprimem. Sejamos claros: a criança não tem sido a prioridade. Se fosse, como vulgarmente se diz, outro galo cantaria. Desde os estabelecimentos de educação, onde entra aos primeiros meses de vida, porque os pais têm de trabalhar horas a fio sem uma recompensa salarial digna, até ao cumprimento do pré-escolar onde são submetidas, desde logo, a um quadro programático, de onde saltam para a escolarização a "tempo inteiro" que as "condena" a 40/50 horas semanais de actividades (internas e externas), isto quando os adultos reclamam 36/40 de trabalho, fica claro que o sistema político prefere manter o existente do que dar passos na perspectiva de uma sociedade defensora da construção do seu próprio futuro. Disse a Professora Rachel Niskier: "se você não cuida da infância e da adolescência, que tipo de cidadão você terá?
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