quinta-feira, 11 de julho de 2019

EDUCAÇÃO - UM LOBO EM PELE DE CORDEIRO. CHEGA!


A “carta do leitor”, publicada na edição de hoje do DN-Madeira, enaltece quem a escreveu e mancha o político que, circunstancialmente, chefia a secretaria regional da Educação. Em causa está, de novo, o Professor Joaquim José Sousa, vítima de uma vergonhosa perseguição por parte do titular daquela pasta governamental que o “condenou” a seis meses sem salário. A citada carta deixo-a em baixo para que os leitores a possam ler. 

Parabéns Senhor Engenheiro Paulo Madeira pela manifestação pública de uma situação profissional e socialmente indecorosa. É verdade que não é a primeira vez que tal acontece, porém, tem sido evidente um enervante silêncio de tantos que deveriam se posicionar, exceptuando 499 cidadãos que assinaram uma petição pública (só professores trabalham na Região cerca de 6.500!). 
Até no plano político, as diversas forças, com algumas notas positivas aqui e ali, não têm exercido a necessária pressão no sentido de colocar um ponto final neste claríssimo “bullying”. Queixam-se que ele existe na escola entre alunos, mas o político faz o mesmo; queixam-se de alguma violência entre alunos, para isso criaram a “carta da convivialidade”, mas o político é o primeiro a gerar uma violência gratuita ou assédio moral a um Professor cujo “crime” foi o de sonhar com uma Escola diferente e amiga das crianças.
Pior, o secretário, comprovadamente, não foi nem sério nem honesto na Assembleia Legislativa da Madeira e o seu mal foram batatas! Continua lobo em pele de cordeiro a passear e a anunciar, não diria generalidades, mas autênticas banalidades, quando o sector da Educação exige respostas que saiam de uma comezinha gestão feita sem qualquer rasgo. Será por ciúme do Professor Joaquim ou será por incapacidade visionária? O futuro o dirá, embora esteja convicto que a maldade não passará no Tribunal.

JOAQUIM SOUSA

Conheci o Dr. Joaquim José de Sousa recentemente. Mostrou-se uma pessoa afável, educada e extremamente sabedora dos temas da educação e convicto da importância que a educação e que os profissionais da educação têm na construção duma sociedade melhor.
A pessoa que conheci em nada se assemelha aquela que o Senhor Secretário descreve. Perguntei ao professor Joaquim diretamente o que o secretário tinha contra ele e o mesmo, respondeu-me tranquilamente que não me podia responder porque ele mesmo não sabia.
Garantiu-me que nunca teve qualquer questão pessoal com o mesmo e que lhe fazia muita impressão um ódio tão vincado que levou a que a secretaria tenha feito tudo para o prejudicar a si e à sua família, seja no tipo de acusações que são lugar comum nas restantes escolas, seja na pessoa que conduziu o processo inspetivo, seja na pessoa que respondeu às dúvidas suscitadas (o próprio secretário Jorge Carvalho, seja na pessoa que lhe aplicou a sansão (também o mesmo Jorge Carvalho), que já lhe havia aberto o processo e que com este estratagema lhe retirou o direito de recorrer hierarquicamente.
Falamos sobre situações em escolas que passaram por gabinetes para renovações, 50 professores a mais numa escola com prejuízo para o estado de milhares de euros), ameaças de morte entre membros de uma direção, atestados rasgados, horas extraordinárias pagas nas férias processos em tribunal por desvio de fundos, mas nenhum caso de suspensão de 6 meses por enviar horários por email, anular matrícula de aluno que duplicou a inscrição, alterar os horários dos docentes ou abrir um curso do recorrente com autorização via 1º ciclo.

Não contente com as acusações estapafúrdias o mesmo (Jorge Carvalho) invocou o interesse público para manter o professor Joaquim suspenso, com recurso a mentiras infantis, expressou-me o Prof. Joaquim que teme verdadeiramente que a sua mulher seja colocada no Porto Moniz, a sua filha transferida para a escola da Ponta do Pargo 
e o filho transferido para o infantário do Arco de São Jorge.

Mostrou-me o Prof. documentos trocados entre a sua vice-presidente e o próprio gabinete do secretário com que depois o incriminaram.
Vi o regimento do conselho executivo que responsabiliza três pessoas colegialmente, mas apenas uma está suspensa e as outras duas vão ter o processo disciplinar, entretanto arquivado por prescrição.
Conheci um Homem com uma força tremenda e uma convicção social inabalável.
Sou grato Prof. Joaquim José Sousa, obrigado pelo seu exemplo de coragem e honestidade.

Paulo Madeira
(Engenheiro informático)

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