segunda-feira, 9 de maio de 2022

A importância da Escola para o pensamento crítico


A “caneta” fortalece-se através de um ingrediente que é tudo menos secreto, a educação. Quanto mais educação, menos “espada”. Assim interpreto o artigo 26.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948): “A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.”

Nota:
Excertos de um artigo hoje publicado no Jornal Público



A educação para o pensamento crítico e autónomo permite aos estudantes compreender que um povo, uma cultura não se esgota numa decisão política ou militar dos seus governantes.

Por estes dias – e sempre –, os professores são peças-chave no desenvolvimento holístico do pensamento dos estudantes, e as estratégias pedagógicas que aqueles desenvolvem podem fazer a diferença hoje mas, sobretudo, no amanhã: como bons exemplos, a aprendizagem cooperativa, planificada para destacar e promover a valorização da diversidade cultural na sala de aula (e em qualquer lugar); o debate, muito facilitador do ensino da História mas não só, em que os estudantes podem, e devem, ser desafiados a assumirem o lado contrário à sua interpretação do problema em debate, assim desenvolvendo uma visão empática sobre as duas faces que existem em qualquer moeda – o impacto desta estratégia pode ser muito potenciado através da participação nas simulações dos debates da ONU e do Parlamento Europeu, os ainda relativamente pouco conhecidos em Portugal, Model United Nations e Model European Parliament, que as escolas portuguesas podem organizar.

Importa, pois, cada vez mais, que a educação conduza os líderes do futuro a fazerem tudo quanto lhes seja possível pela “caneta” e não deem uso à “espada”.

Sem comentários:

Enviar um comentário