Se, no Básico, do meu ponto de vista, à luz de muitas análises, sobretudo de um novo conceito de aprendizagem, não faz sentido a realização de exames, já no acesso ao Superior, embora sendo, para já, mais complexo, não significa que, em uma perspectiva mais globalizante de todo o percurso escolar, não se caminhe em um sentido que promova a qualidade. Julgo ser necessário, a par de uma mudança estrutural do sistema educativo, do pré-escolar ao 9º ano, um sério e alargado debate entre o secundário e o acesso ao superior. O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior entende que não. Falta-lhe coragem para debater e rever o processo.
"(...) Nos últimos tempos, professores e pais têm insistido na necessidade de rever este regime de modo a que os exames nacionais do ensino secundário deixem de ser determinantes no acesso ao ensino superior, condicionando assim tudo o que faz no secundário. Esta posição foi reforçada pelo diagnóstico feito em fevereiro pelo diretor da Educação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, Andreas Schleicher. O sistema de exames nacionais ligado ao acesso ao ensino superior é um dos “principais problemas” do sistema educativo português pela pressão que exerce sobre professores, alunos e famílias e pela uniformização do ensino que promove (...)".
Em matéria de avaliação, questiono: quem fracassa, o aluno ou a instituição?
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