FACTO
"O presidente do Governo Regional esteve hoje na abertura do ano escolar na Escola Dr. Ângelo Augusto da Silva, onde pediu aos pais “que não tenham medo da inovação e da mudança” (...) Estamos a viver num mundo que vai mudar substancialmente nos próximos cinco a dez anos, sobretudo com a difusão das chamadas tecnologias 5G, mais conhecidas como a internet das coisas. Vai mudar o modo como trabalhamos, como convivemos, como interagimos na sociedade. E o pior que poderíamos fazer era enterrar a cabeça na areia e não ministrar aos nossos jovens, aos nossos filhos, um ensino baseado na tecnologia, na inovação digital”. - Fonte: DN-Madeira.
COMENTÁRIO BREVE
Ora bem, o problema não está na evolução tecnológica, toda a gente sabe disso. Não está nas tecnologias 5G. Nesse aspecto os alunos sabem muito mais que os governantes e até a generalidade dos professores. Tenho um neto de três anos que me dá um baile e aos outros mais velhos (13, 13, 16), dizemos em casa, que são os nossos engenheiros! As tecnologias estão aí, o problema é outro, é de sistema educatico, isto é, de organização dos estabelecimentos de aprendizagem, é de natureza curricular, é programático e pedagógico. O problema, Dr. Miguel Albuquerque, é de autonomia dos estabelecimentos, de liberdade para conceber outros processos que conduzam a uma sociedade mais bem preparada para os desafios que estão aí ao virar da esquina.
Aí, sim, tenho medo, porque o que os sucessivos governos têm feito é exactamente aquilo que afirmou: "enterrar a cabeça na areia". Porque palavras leva-as o vento! Por isso, não é pelo facto de uma editora ter lançado os tais "manuais digitais" que a revolução paradigmática irá acontecer.
Mas sobre isto e muito mais, ainda ontem deixei aqui um longo texto. É a minha posição, que vale o que vale, mas depois de um esforço sério de muito ler, ouvir e questionar.
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