"O que é importante não é a inovação, mas o inovador. As políticas públicas que hoje, mais do que nunca, precisamos, é termos uma reforma profunda do sistema educacional (...) o papel do professor será sobretudo de tutor, de ajudar a resolver problemas (...) será necessário fazer uma aposta nas qualificações que cruzem o mundo físico e o digital (...) os que conseguirem navegar melhor nestas duas realidades serão os melhores profissionais" - Engenheiro Carlos Moedas, ex-Comissário Europeu.
São tantos, de investigadores a autores de diversos sectores e áreas, passando por professores, que argumentam sobre o grosseiro erro deste sistema, velho, caduco, inoperante e desgastante, mais próximo do século XIX do que este século exige, mas teimam em continuar, cegos e surdos, fechados na sua redoma, incapazes de se deixarem fecundar pelas ciências, porém sempre altivos e transbordantes de uma "sabedoria" bacoca.
E, de vez em quando, lá vem mais um colocar o dedo na ferida. Agora, foi o insuspeito e respeitado Carlos Moedas (PSD) dizer que se torna necessária "uma reforma profunda do sistema educacional" e que o "papel do professor será sobretudo de tutor, de ajudar a resolver problemas". Colocou tudo em causa: os currículos, os programas e a parte PEDAGÓGICA. Não falou da pandemia, enalteço, falou daquilo que é profundamente importante para o futuro do país, para a sua competitividade e, por extensão, para o aproveitamento das vocações, dos sonhos, felicidade de quem aprende e de quem motiva a aprendizagem.
Tenham consciência que esta escola está simultaneamente viva e morta. Viva porque acontece (abre todos os dias) e morta porque não se coaduna com as exigências do nosso tempo. Todavia, por estes dias, sempre altivos, fazem acreditar que este é o melhor dos mundos. Já não há pachorra! Uma vez por outra, digo eu, convém ler umas coisitas e sobretudo PENSAR. Lembrem-se de Carlos Moedas: "(...) Os políticos não podem criar emprego, o que cria é esta inovação disruptiva" (disrupção: que acaba por interromper o seguimento normal de um processo). Ora bem, como tudo permanece igual, com ou sem COVID, este será mais um ano perdido.
Ilustração: Google Imagens.
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