Já tinha ido embora, pedindo desculpa aos professores da Região, ao Professor Joaquim José Sousa e, particularmente, a toda a comunidade educativa do Curral das Freiras. É triste verificar que o assunto é tema nacional pelas piores razões políticas.
Fica aqui um excerto de um texto do PÚBLICO, assinado por Bárbara Reis.
"(...) a história de uma escola pública que era a melhor do mundo, mas afinal é a pior — ou assim o dizem —, tão má que o director teve de ser afastado e a escola extinta.
Confuso?
Em 2009, o Governo Regional da Madeira abriu uma escola no Curral das Freiras, a freguesia mais pobre da ilha, num vale isolado de onde não se vê o mar. As crianças dos “sítios” do vale precisavam de uma escola ao pé de casa. Seria meio caminho para reduzir os chumbos e o abandono escolar. Joaquim Sousa, um professor de Geografia de Lisboa, foi nomeado director. Em 2010, quando a Escola Básica do Curral das Freiras ficou em 1207.º no ranking nacional das escolas, ninguém ficou espantado.
O espanto veio depois. Em 2015, o Curral ficou em terceiro lugar no exame nacional de Português do 9.º ano e no top 10 de Matemática, e foi a 12.ª melhor escola pública do país. O único aluno da Madeira que teve 100% no exame nacional de Matemática foi Dina Ascenção, aluna do Curral, e a melhor nota a Geografia da ilha foi de Albany Rodrigues, aluna do Curral.
Em cinco anos, a escola subiu 1000 posições.
Foram perguntar ao professor Joaquim Sousa o que tinha feito para conseguir isto. O que contou tornou o Curral uma inspiração nacional. Joaquim Sousa apareceu nos jornais, numa revista anual, num debate na Feira do Livro, na RTP. Quando quiseram saber se alguém, na Madeira, lhe dera os parabéns ou quisera conhecer os “truques” para uma mudança tão grande num lugar tão difícil e em tão pouco tempo, respondeu que “nem por isso”.(...)
É o retrato da Secretaria Regional da Educação.
Enquanto professor sinto vergonha do que estão a fazer a um Colega.
NOTA
Ler o texto publicado AQUI.
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