FACTO
Obviamente que não quero fazer juízos precipitados sobre a competência e o rigor das instituições que avaliam, neste caso, as taxas de abandono precoce e formação da Região da Madeira. Tenho por todas elas o maior respeito pela seriedade no tratamento dos dados. Porém, nos últimos dias, assisti a posições que não batem certo. Existe qualquer coisa de estranho. Sobre aquele matéria, o DIÁRIO é muito claro: "A metodologia do Instituto Nacional de Estatística (INE) não permite validar dados para a Região". Dias depois, a Direcção Regional de Estatística assume que "a taxa de abandono precoce de educação e formação de 2018 (expressa em média móvel de 3 anos - outro aspecto a esclarecer) fixou-se em 17,8%, registando uma redução de 3,4 pontos percentuais (p.p) face ao ano precedente". Baseado nisto, surgiram declarações do secretário, que visaram os "políticos que, por ignorância ou demagogia, insistem em referir como um dos problemas do nosso sistema educativo (...) a taxa de abandono precoce de educação e formação".
E PERGUNTAS
Sendo o Instituto Nacional de Estatística uma instituição Nacional, parece-me que faz todo o sentido que o protocolo de aferição seja NACIONAL. Sempre foi assim. No mínimo, é esquisito que "a metodologia do INE não permita validar dados para a Região". O que pode significar ou indiciar que existem dados e interpretações dos dados conforme os fregueses!
Depois, "não bate a bota com a perdigota", quando, no início de Junho de 2018, foi publicado no DIÁRIO e transcrito no meu blogue que: "65% da população da Madeira, com 15 ou mais anos, tem apenas até o 9º ano de escolaridade. O valor está acima da taxa nacional que, no ano passado, ficou pelos 61%. A Madeira continua a estar pior do que a média nacional, naquela que é a taxa de abandono precoce de educação e formação (jovens dos 18 aos 24 anos que estão fora do sistema de ensino e sem o secundário): 23% na Região e 14% no País". Fonte - DN-Madeira/Pordata/Jornalista Ana Luísa.
A infografia apresentada pela secretaria mostra, agora, que a taxa é de 17,8%. Isto é, de 23% passou, em um ápice, para 17,8%. Parabéns ao secretário pelo MILAGRE! Cá fora estão os "ignorantes, demagogos" e os que manipulam dados.
De qualquer forma, pergunto, não será este um assunto a ser totalmente esclarecido?
De qualquer forma, pergunto, não será este um assunto a ser totalmente esclarecido?
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