"Rejeitamos os novos muros civilizacionais, rejeitamos a escravatura moderna e a exploração dos mais frágeis e indefesos, rejeitamos o egocentrismo esmagador de todas as solidariedades e a indiferença perante o sofrimentos de quem se vê privado dos seus direitos individuais básicos.
Rejeitamos a indignidade de jogar com a fraqueza e a ignorância de tantos para as por ao serviço de alguns, poucos e perversos, candidatos a alcandorar-se em todos-poderosos do mundo e rejeitamos que continue a haver minorias perseguidas ou marginalizadas, que as mulheres não sejam ainda tratadas como, de facto, livres e iguais em direitos e que tantos milhões de crianças, por todo o mundo, estejam a ser privados de alimentação, casa e família...
Rejeitamos a frieza esmagadora do "admirável mundo novo" que Huxley nos apresentou e com o qual talvez tenha querido alertar-nos... Era tão cedo (1932) e deixamos que, de repente, se fizesse tarde e o tempo parecer-se esgotar-se...
No entanto, contra ventos e marés, provaremos que o tempo não se esgotou, e não! Não é tarde de mais! Queremos dar à Democracia todo o virtuosismo e toda a força que pode comportar, anulando o que de sinistro aberrante pode ser gerado a partir dela. Somos profissionais de Educação ou do Ensino e temos em mãos um manancial inesgotável de ferramentas transformadoras, de mentalidades e de práticas.
Queremos perpetuar Mandela - A Educação é a arma mais poderosa para transformar o mundo - em cada momento, em cada dia do nosso caminho, atravessando gerações. (...)"
Excerto da Editorial da revista A Página da Educação, com assinatura de Ana Brito Jorge.
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