segunda-feira, 3 de julho de 2017

POR UMA APRENDIZAGEM MAIS "PROFÍCUA E DIFERENCIADORA"


Organizado pelo Centro Social e Paroquial de Santa Cecília, em parceria com a Universidade da Madeira, teve lugar um seminário intitulado "Emoções, Criatividade e Aprendizagem na Natureza - Oportunidade para todos". Uma interessante iniciativa. Mais uma de um extenso rol de conferências, debates, seminários, formações creditadas, eu sei lá, só este ano o que por aí já aconteceu, tendo por elemento central o sistema educativo. Desta vez, uma série de importantes prelectores que, segundo o DN, "têm desenvolvido trabalhos e estudos bastante significativos nas referidas áreas, tornando este seminário um espaço de debate e partilha de ideias numa perspectiva de ensino mais profícuo e diferenciador. Como não podia deixar de ser, o seminário, presidido pelo padre Francisco Caldeira, presidente do Centro Social e Paroquial de Santa Cecília, contou com a presença do secretário regional de Educação, Jorge Carvalho e do director regional de Educação, Marco Gomes.


Conclusão, segundo o mesmo DIÁRIO: "(...) Reflectiu-se neste seminário que a escola de hoje é muito equiparada à escola do século XIX, a necessidade de mudança manifestada pelos participantes registou-se em várias linhas de pensamento que vão desde a necessidade de currículos académicos mais flexíveis de forma a adaptarem-se à evolução social do século XXI e como tal às exigências dos alunos que temos na escola de hoje, até à carência do brincar nas nossas crianças, tornando-os seres mais criativos, empreendedores e mais estruturados ao nível das competências sociais e emocionais. Esta situação chamou à atenção nos intervenientes deste seminário para a importância da redução da carga horária curricular e alertou para o valor do aumento do número de horas onde os alunos “estão a ser crianças”, utilizando, para tal, espaços outdoors existentes na nossa região, tais como as florestas, o mar, os jardins, bem como outros espaços ao ar livre (...)".
Certamente que muito mais foi assumido, mas esta síntese traduz o essencial e o mais importante. E isto agrada-me porque há tantos a dizer o mesmo desde há cinquenta anos. Todavia, sem uma alteração estrutural do sistema, por mínima que fosse. Repetem-se as palavras, os conceitos, dizem o que deveria ser, porém, tudo continua igual, grosso modo, como na "escola do Século XIX". Uma tristeza, quando tão fácil e apaixonante seria CAMINHAR, paulatinamente, no rompimento deste sistema absolutamente abstruso. 
Parabéns Padre Francisco Caldeira, pois demonstrou, inequivocamente, ser uma pessoa atenta e preocupada. Pena que os governantes não o acompanhem com as medidas que há muito deveriam ter sido implementadas. Falta-lhes CORAGEM e os traços de um permanente desassossego.
Ilustração: Google Imagens.

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