domingo, 30 de outubro de 2016

MIA COUTO, A ESCOLA E A TECNOLOGIA


"(...) Acho que é preciso repensar profundamente a escola. Esta escola não acompanhou as mudanças profundas que o mundo está a sofrer. Já no tempo em que estudava eu me interrogava o que ia mudar na minha vida se soubesse as equações de segundo grau, as derivadas, etc. Era ensinado de forma tão mecânica que não me fazia apaixonar pelo assunto". (...) 


"Não me preocupa muito que o livro surja num formato ou noutro. Não é a invasão tecnológica que me inquieta, mas sim a ausência desta presença humana e da história que é contada pela mãe, pelo pai e pela avó. Preocupa-me esta demissão dos laços familiares que entregam para uma escola, ou outra entidade qualquer, o dever de criar. O fascínio pela presença do outro está a perder-se. No fundo, não é o excesso tecnológico que me preocupa, é sim o défice do lado humano". É frequente ver jovens e menos jovens a sorrir para os telemóveis. É mais um inquietante sinal dos tempos? "Eles que peçam ao telemóvel que os abrace…"
NOTA
Ler a entrevista neste endereço.
Ilustração: Google Imagens.

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